SUMÁRIO

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A GRANDE MIDIA E O CONTROLE DOS NOSSO ATOS: A VITORIA DAS REDES SOCIAIS

A GRANDE MIDIA E O CONTROLE DOS NOSSO ATOS: A VITORIA DAS REDES SOCIAIS Quando fui ao hospital e encontrei a “ex-secretária” de minha esposa com uma perna supurando há noventa dias, vi de perto jovens, idosos e adultos, mulheres e homens, gemendo, jogados no chão, muitos e muitos no piso, sem um pano sequer para cobrir ou forrar; quando vi, de perto, jovens médicos correndo de um lado a outro e decidindo quem deveria ser atendido uma vez que não se pode atender a todo mundo, senti o mal perpetrado por quem desvia verba pública, por quem, deliberadamente, desorganiza um hospital, uma clínica, o trânsito, entrada e saída de um jogo de futebol; senti o mal perpetrado por quem desvia a atenção do povo com falsa defesa de direitos humanos; quando tomo ciência da situação de miséria que vivem professores e outros agentes públicos nos mais diversos recantos do país, sinto, cada vez mais, a necessidade de uma ação extraordinária que, se for o caso, extrapole qualquer senso humano em prol de um controle perdido nestes anos de PMDB, PSDB e, particularmente, PT. Sei bem o absurdo que digo, contudo não me importo uma vez que “entre feras sentimos o imenso desejo de também ser fera” como nos disse Augusto dos Anjos. São inúmeros os textos de jornalista e até de colegas da academia buscando explicação ou justificativa para os desmandos. As citações são sempre as mesmas: “vergonha”, “gente correndo com mala de dinheiro”, “políticos corruptos”, “políticos bandidos”, políticos, políticos e políticos. Temos assim o que Brayner chama de “clichê”. As críticas e as terminologias usadas nestes textos são apenas discurso. Abundam críticas para aquilo que é futuro dos textos, das coisas veiculadas na mídia diariamente. A ex-secretária de minha esposa e as centenas de pessoas que vi no hospital, não são frutos diretos da “maldade” de quem os colocou ali, nem de sua irresponsabilidade, como no caso de motoqueiro, nem da simples maldade dos políticos. Tem, a grande mídia, plantado no seio da sociedade a forma de como cair na miséria. A mídia não apenas forma opinião, ela conduz nossa conduta. Dostoievski dizia; "a expressão de mais profundo asco que perpassa por seu rosto quando anda em meio a miséria revoltante das ruas fétidas". Isso é o sentimento de todo ser humano, que ao contrário dos pobres médicos, não estão atuando ao inferno de Dante Alighieri ao virem o que vi naquele hospital. Nos pergunta Dan Brown: “Quem nunca imaginou como seria o Inferno? Como seríamos castigados por nossos pecados”? E retrata: Bem, “Dante Alighieri imaginou. Imaginou e descreveu com uma riqueza de detalhes tão grande, que é capaz de aterrorizar até os mais incrédulos”. Não sou Dante para poder retratar o inferno, mas sou um professor bastante sensível para o sentir. Senti está no inferno dentro daquele hospital que se internalizou. Dói, escandaliza, angustia. Estes sentimentos de miséria revoltante não são só físicos, são, também, mentais. A mídia cuida de nossa mente e, por consequência de nosso corpo, pois que quem domina a informação não detém apenas o poder, detém nosso comportamento. O que há de mais criminoso em um país como o Brasil é, exatamente, a grande mídia, um poder que só é menor que os das forças armadas a curto prazo, pois a longo prazo é maior. E, por isso, nos países autoritários, a mídia é governamental. Todos nos vimos nascer os donos do poder que a ela são subordinados, assim com o mundo assistiu, passivamente, a criação do Terceiro Reich, o Grande Reich Alemão. Este domínio da sociedade e dos seus representantes está muito bem retratado em Cidadão Kane. E nos diz Felipe Mendes: "No entanto, apenas o roteiro de Welles e Herman J. Mankiewicz foi premiado com um Oscar, dentre nove indicações, desprezando o excelente desempenho de Welles como ator e diretor. O boicote de Hollywood e o fraco desempenho nas bilheterias podem ser creditados a campanha que William Randolph Hearst moveu contra o filme, através de seu império de comunicação". Cidadão Kane não foi produzido para ser copiado, mas para ser evitado. E coube a mídia boicotar, e ainda é da mídia que vem a vulgarização de Cidadão Kane. Outro elemento importante a desmascarar a mídia é “minha razão de viver” de Samuel Wainer. Samuel era uma espécie de deus dos jornalistas, depois de suas memorias foi absolutamente esquecido. E as memorias de Samuel não foram escritas para serem copiadas, mas para serem evitadas. Ninguém saber o que a mídia de hoje quer. Bolsonaro é homofobico (sem jamais haver agredido um homossexual) missógeno (parte de narrativa a fim de o derrubar) racista e preconceituoso. O Haddad que se diz Lula, que é um presidiário, é dito candidato! É o programa do PT que diz, de modo claro e inequívoco, que vai destruir a impressa, os avanços investigativos tomados pela lava a jato. E a mídia é contra um homofobico, missogeno, racista que, além de não ser nada disso, precisamos perguntar: o que seria pior para o Brasil, um racista e homofobico ou uma ditadura comunista, nazifascista? Para ser fiel ao título, nem perguntamos, afirmamos: Bolsonaro eleito será a derrota da grande mídia frente as redes sociais. Mas temos aí uma grande tarefa: não deixar o nazifascismo vivo nas ruas escuras, atentar para Cidadão Kane e para Minha Razão de viver a fim de não permitir que NUNCA MAIS ACONTEÇA.

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