SUMÁRIO

domingo, 27 de novembro de 2016

ITEM 1 - A SOCIEDADE CÍNICA E A ELEIÇÃO DE DONALD TRUMP.

            Corre um texto sobre a eleição de Trump à Presidência dos Estados Unidos. Um destes textos que escrevi mentalmente, ou seja: é exatamente no que pensei, mas não tive competência para escrever. Acrescento aqui alguns termos, contudo, antes, ponho: PORQUE DONALD FOI ELEITO!
            Não é de hoje que o avanço das esquerdas atrasadas, particularmente na américa latina, vem em derrocada. A mídia não faz qualquer esforço para demostrar esta queda, porém basta ser minimamente letrado para perceber o que acontece no Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela, etc. Para não ficarmos na américa latina, cito a Inglaterra, a França, a Alemanha onde a onda da esquerda começou com a queda do mudo de Berlim em 1989.
            O esquerdismo tomou conta do mundo e veio uma onda de Lech Walesa na Polônia, a Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil. Esta onda durou de 1961 aos dias de hoje. E tal qual uma onda nasce, cresce e decresce. E dizia meu professor de Física, Albani Thomas: “Tudo que sobe desce a não ser que fique em cima, e tudo que entra sai, a não ser que fique dentro”.
            Talvez não seja o fim das esquerdas, mesmo das mais atrasadas como no Brasil, mas é o início de algo diferente, de algo que não é esquerda nem direita, mas compreensão do povo quanto às suas necessidades, afinal, Donald nunca foi de esquerda e, muito menos, de direita. Talvez seja de bom tom aguardar para ver se, de fato, Trump representa este final de círculo vicioso, esta senoide mundial.
            Diz GEBG, o feliz escritor: “Bom dia. Hoje é 09/11/16!!!! Alegrem-se, Donald Trump já é o 45º Presidente eleito dos Estados Unidos da América. Nesse momento se inicia uma recomposição da ordem mundial, encerram-se séculos. Da independência dos Estados Unidos em 17 de julho de 1776, final do século XVII, ao século XX.
            Inaugura-se um novo mundo, um novo modo de representação na política. Fica a grande lição para o estabilishment da DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO e da doutrina do pensamento único praticado pelas elites intelectuais e gramcistas das esquerdas midiáticas e do poder. Estes, querendo ao fim e a força impingir suas bizarras agendas, estão sendo gradativamente derrotadas em todo o mundo. A maioria silenciosa dos povos, tão vilipendiada e esmagada no seu direito de expressão e liberdade de opinião, vêm falando cada vez algo mais. Estamos num mundo novo! São tempos de insurreição do homem comum. Aguardemos novos desdobramentos”.
            É possível que se dê um freio nas desmedidas proteções de minorias as quais, embora em pleno erro e até crime perpetrado, tenham o tratamento diferente do mesmo erro e até crime do que se chama maioria. Concretamente, pelo menos espero, que negro assassino, homossexual assassino, negro perturbador da ordem, homossexual abusador das leis, normas e tudo mais, sejam punidos igualmente aos “brancos”, heterossexuais ou assexuados. Mesmo porque a injustiça que se comente com agressões julgadas de modo inverso, isto é: o homossexual ou o negro agride o ‘branco” e este passa de vítima a algoz, somente produz mais ódio. Ódio até mesmo de quem tinha amor por estas minorias.


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sábado, 26 de março de 2016

O MEDO DE TER CORAGEM OU A CORAGEM DE TER MEDO - VERSÃO 20016 - ?

O MEDO DE TER CORAGEM OU A CORAGEM DE TER MEDO?

Eleição par Reitor na UFRPE: Tudo, agora, passou a eleição de favores, de presentes, de vale tudo de tudo. Menos de ética, moral e meritocracia.

Pelo professor Ademir Ferraz.

            Posso afirmar porque participei de todas elas que, nunca houve um motivo sequer que pudesse provoca qualquer desconfiança no resultado e mesmo sobre o decorrer de uma eleição na UFRPE. Ao contrário da eleição presidida por uma pessoa que se mostrou amoral, cretina e sem um pingo de ética, plantada pelo que há de mais podre dentro da UFRPE e com poder acima do Conselho Universitário que, diga-se, com as exceções de praxe, não é um conselho. É, como disse o professor MSC, PHD, Alexandre José Gonçalves de Medeiros, um bando de lagartixas – primeira versão setembro/2011.
            Todas minhas palavras são provenientes da necessidade de responder mensagens e informações “in off” de fontes fidedignas que, nestes dois últimos anos, entopem minha caixa. Existem dois motivos para isso. Um que as pessoas estavam aguardando os primeiros anos de gestão, outro a “não disposição” de fazer a crítica direta. Isso será entendido no decorrer da leitura. Já vivi coisas sem volta em minha vida por não dá atenção para ameaça e não costumo errar duas vezes sobre a mesma questão. O tratamento na primeira pessoa do singular, aqui, tem o objetivo de deixar claro que o problema é meu, é comigo, é com ADEMIR FERRAZ.
            A ideia de que “lancei” uma candidatura contra a professora Maria José Sena é fruto de um desarranjo mental, da malevolência inconsequente de quem não tem moral sequer para pronuncia meu nome. Ideia de um energúmeno capaz de mandar derrubar árvore dentro da instituição sobre os olhares complacentes do reitorado e, pior ainda, dos que se autodenominam protetores do verde; defensores da natureza; grupo verde, ou seja lá que denominação se dê a este grupo panfletário, medíocre e inútil.
            O fato real e concreto sobre a candidatura por mim “lançada” é que: Em primeiro lugar o candidato saiu de uma construção de perfil feita por um razoável número de pessoas ao logo de dois anos puxada, inicialmente por mim; Em segundo lugar, quando pensei na comunidade ter uma opção a uma candidatura ao reitorado, o Reitor nem mesmo havia ventilado qualquer nome para sua sucessão. Espero que, pelo menos agora, seja bastante honesto para confirmar o que me respondeu: “Não, Ademir. A eleição está muito longe. Não sei se vou lançar uma candidatura”. Aos risos, à época, nós dois comentávamos sobre a inconveniência de candidato único conforme havia sido o caso na última eleição. LIMPA, diga-se.
            O plantar de ódios, a tentativa de envenenar a professora Maria José e seu stafe contra minha pessoa, foi e está sendo fomentada por mentes medíocres. No dizer de Einstein, “os grandes espíritos sempre sofreram oposição violenta das mentes medíocres porque estas últimas não conseguem entender o motivo pelo qual as grandes mentes avaliam os conceitos e usam a inteligência com coragem”. As primeiras são mentes podres de criaturas balofas, fisiologistas e golpistas. Além de ser fruto de uma história antiga não digerida, embute a ideia do medo, do fazer-me medo e, quem sabe, de me ver, de fato, perseguido. E isso conseguiram.
            O temor imaginado para mim, vai na contramão de uma questão que carece ser bem avaliada. É que o mito de Prometeu “é um caso interessante de como o arriscando pode ser prudente”. Medos, como sabemos todos, dão sustentação a dependências desnecessárias. Não é puro acaso que “reis” temem o fim do medo que vem, na situação específica, da ignorância; Não por acaso a coragem de ter medo suplanta, no meu caso, o medo de ter coragem; suplanta o medo de não ser cidadão; suplanta o medo de se fazer ouvir e de ser ver agir.
            Assim como nunca me movi pelas benesses de um candidato eleito, em nenhum momento tive preocupação se a vitória deste ou daquele Reitor viria a servir para o eleito me perseguir. Estive no cerne de todas as campanhas. Perdi três e “ganhei” duas. As duas ganhas os “inteligentes” deitaram a perder. O que, além de ter sido muito importante para a UFRPE, um paradoxo, unindo-se ao que ocorreu na última eleição, levanta-me a suspeita de que as eleições para Reitor deveriam mudar de forma. Tudo, agora, passou a eleição de favores, de presentes, de vale tudo de tudo. Menos de ética, moral e meritocracia.
O que importa é a preocupação de como terminamos nossa vida sem que isso venha a ser refletida no ato de baixar a cabeça por medo do futuro.
            A retaliação deste ou daquele reitorado é uma questão que nunca me importou. Nunca percebi clima para isso. Nunca estive preocupado! Embora, na atual gestão meu processo de progressão tenha chegado há um ano (são três meses) o que pode ser indícios, embora o débito que a Universidade tinha comigo na progressão anterior, ao invés de pago em folha à parte, vai ser pago na folha comum, sem correção e, ainda mais, com o acréscimo do IRPF. O que me fará entra na justiça. E isso nunca foi necessário com ninguém, embora todos os colegas que entraram com pedido depois do meu, já tenham sido promovidos!   Mas eu tenho “troco” muito grande para dá. E já comecei. Claro que para um professor comum se defender do poder constituído é muito difícil. Requer dinheiro ou um grupo com os mesmos ideais. O que só existe nos porões. Mas, também, é claro que não sou um professor comum. Isso do ponto de vista político e de atitudes pessoais. O que importa é a preocupação de como terminamos nossa vida sem que isso venha a ser refletida no ato de baixar a cabeça por medo do futuro. Aqui na terra tenho apenas um medo: O do castigo de Deus.
            Se durante todas estas eleições uma coisa me preocupou, foi a falta de indignação quando do fraga do plágio. Isso foi muito maior que o uso abusivo do poder contra a candidatura na qual estive envolvido. Mesmo este crime que a comunidade da UFRPE, que continuo a apostar não ser a maioria uma vez que houve fortes indícios de eleição fraudada, não repercutiu na forma necessária.   Claro que muita gente esperou uma renúncia. Eu inclusive. Não havendo, esperei, com o passar do tempo, uma carta que chamei de “expiação da culpa” onde a Reitora explicaria:
1 - Quanto se gastou;
2 - A quem foi pago;
3 - E porque não processou a assessoria.
            Com isso evitaria que as más línguas levantassem dúvidas pelos corredores. Dúvidas como: Será que ela (a pró-reitora ficou com parte do dinheiro?); Será que a tal assessoria estava recebendo indevidamente? E coisas piores. O tempo de expiar a culpa já passou, e nem foi necessário construir uma resposta para eleição seguinte até porque não houve outra candidatura: O Medo fez muito medo. Escrevi um texto, imediatamente a posse dos pró-reitores, e chamei “Dança das Cadeiras”[1]. Pensei que ocorreria bem mais tarde, ocorreu antes. Pelo menos 5 pessoas saíram de seus cargos ao perceberem que não valia a pena.
            A expiação da culpa teria sido importante. É salutar lembrar que tal ação perpetrada por um aluno, um plágio, não só o reprova, mas se levado aos tribunais, como já aconteceu, este não mais frequenta nenhuma universidade pública, não mais tem acesso a concurso público sem um mandado. Diz a Juíza Andréa Gonçalves Duarte:
[... o meio de informação (internet) não torna a obra anônima e nem retira do seu autor o direito sobre a mesma... O que a lei protege é a livre disposição da obra pelo autor, que tem o arbítrio de autorizar ou não sua reprodução, uma frase copiada sem a devida citação é plagio e plágio é crime.
            Pensei conhecer alguns colegas. Mas qual não foi a surpresa ao vê-los sustentar tudo! A contribuir com tudo, a trocar a dignidade, o nome que tinham na comunidade?  Fica a convicção que para muitas pessoas, ética e moral, dignidade e respeito tem hora. A hora, agora, é de olhar de lado, de relevar o irrelevante, de dizer: Ás favas os escrúpulos, com o disse Jarbas passarinho quando do AI5, pior instrumento da Ditadura. Às favas, porque ganhamos as eleições.
            A UFRPE foi maculada daquela feira e continua maculada, pois a mácula não foi apenas um processo eleitoral dirigido pelo autoritarismo em prol de uma candidatura e onde tivemos: Negação de direito por parte de uma torcedora (não de Presidente de comissão); por parte de torcedor (não de um Reitor); por parte de uma manada “dócil” (não de um Conselho Universitário). Este último chega ao extremo de aprovar algo que não viu! Esta, quem sabe, é a vergonha da vergonha da vergonha. A mácula está na continuidade do plagio que não teve explicação.
            Finalmente, amanhã, tenha esta convicção, se o possível e provável novo reitorado cair em miséria, serão estes os algozes, pois que são movidos pela conveniência o que, diga-se, é irresponsabilidade. Ainda temos tempo de nos levantarmos, não para derrubar ninguém, mas para decidirmos entre “O Medo de ter Coragem e a Coragem de ter Medo”.

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[1] Texto publicado no Jornal da Aduferpe.